Elayne Priscila

domingo, 26 de setembro de 2010

História das palhetas gonzalez

História

Tudo começou em 1963 quando, devido a uma reestruturação, a Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo trouxe a Mendoza um grande número de músicos de toda a Argentina e do mundo. Nestes anos, a Sinfônica  se converteu na mais prestigiosa orquestra do interior do país, também  formando uma das melhores escolas de música da América do Sul.
Entre aqueles jovens artistas encontrava-se o oboísta Juan José Gonzalez,   primeiro oboé da orquestra, e professor na escola de música. Desde a sua chegada a Mendoza, Juan José se interessou em conhecer as qualidades das canas que cresciam selvagens na região, aos pés das montanhas Andinas, sem imaginar que, graças ao seu interesse, a cana da região seria mundialmente conhecida.
Em 1983, Juan José, junto com seu filho Juan Pablo Gonzalez, fundou uma empresa com a intenção de cultivar o Arundo Donax e comercializá-lo com diferentes fabricantes estrangeiros. Assim criaram a Argendonax SRL, sendo em seu início, somente uma distribuidora de matéria prima. Em 1995, como resultado de muitos anos de pesquisa e aquisição de equipamentos, lançam ao mercado as primeiras canas feitas na Argentina, o nome de marca Zonda.
A visão: fabricar as melhores palhetas para instrumentos de sopro do mundo.
No ano 2000 nascem as palhetas para clarinete Gonzalez FOF (For our Friends). Com sua apresentação no Clarinet Fest em New Orleans se dá o começo da nossa marca, a qual é sinônimo de prestígio e qualidade.

Processo

Das nossas amplas plantações de Mendoza, nasce a matéria prima mais nobre, a qual trabalhada com modernas tecnologias e sob rígido controle de qualidade, dá lugar a tão impecáveis produtos.

Principal

Gonzalez  é uma empresa familiar dedicada ao cultivo e fabricação de palhetas para clarinete e saxofone. Produzimos palhetas simples e também duplas para oboé, corne inglês e fagote. Todas elas provêem de plantações próprias de Arundo Donax aos pés dos Andes e é considerada a maior a nível mundial.
Desde o nosso começo em 1982, nossa missão tem sido criar as melhores palhetas do mundo. Através do nosso intenso envolvimento e controle de qualidade a cada estágio do cultivo, produção, manufatura e distribuição, descobrimos as necessidades dos exigentes músicos profissionais.
Através de um profundo compromisso com o meio-ambiente, escolhemos a melhor matéria prima e a fabricação das canas é feita com tecnologia de ponta. É por isso que a marca Gonzalez é sinônimo de excelência em mais de trinta países que compõem nossa rede de distribuição.

continuação:de uma breve história

Uma breve história 1 2 3
O passo seguinte da evolução do clarinete foi a adaptação ao clarinete do sistema Boehm.

Tal como referi anteriormente, a introdução e padronização do sistema Bohem decorreu a partir da adaptação do sistema usado na flauta (cuja criação é atribuída a Theobald Boehm).

A ideia básica deste sistema é que a colocação dos orifícios do instrumento é feita mais em função de critérios de conforto de execução do que acústicos (os orifícios dos clarinetes anteriores ao sistema Boehm não eram projectados para facilitar o manuseamento mecânico das mãos). Desta forma, a utilização das chaves para abertura e fechamento dos orifícios tem grande importância, ajudando a superar as dificuldades mecânicas. O clarinete boehm é hoje em dia composto por 17 chaves.

Este sistema foi aplicado não apenas no clarinete, mas também no oboé e no saxofone. Um sistema híbrido é ainda utilizado no fagote.

clarinete boehm
clarinete boehm 2
clarinete boehm 3
Em detalhe: clarinetes construídos no sistema Boehm
O sistema Albert, como já se disse, ainda é usado em algumas regiões da Europa e Estados Unidos. A principal limitação deste sistema de colocação dos dedos é que “obriga”, em determinadas circunstâncias, ao cruzamento de dedos (dificuldade que o sistema Boehm ultrapassou) o que se torna particularmente limitante em passagens mais difíceis que exijam destreza de dedos.
clarinete albert
clarinete albert 2
clarinete albert 3
Em detalhe: clarinetes construídos no Sistema Albert
O sistema Oehler (pronuncia-se “oiler”) por seu turno, também requer o cruzamento de dedos e difere bastante do sistema Boehm. A sua principal particularidade reside na utilização de chaves com “rolamentos” semelhantes às que se encontram nos saxofones. Este tipo de clarinete apresenta um conjunto de 22 chaves e é usado sobretudo na Alemanha.
sistema oehler
clarinete ohler
clarinetes Oehler
O Período Romântico

O Romantismo pode ser considerado como o período no qual o clarinete adquiriu a sua identidade e maturidade enquanto instrumento.

Nos períodos anteriores, a presença do clarinete no conjunto das obras musicais então escritas era claramente rudimentar ou inexistente. O chalumeau (predecessor do clarinete) surgiu por volta dos séc. 16/17  e teve poucas peças escritas para ele. Com a invenção do clarinete já no Período Barroco, o repertório para ele era quase inexistente. No Periodo Classico, os compositores começaram a introduzi-lo na orquestra sinfonica, escrevendo partes de tutti e pequenos solos, quase sempre em dobra com outros instrumentos. Inicialmente os maiores divulgadores do instrumento eram os próprios clarinetistas, como J.X. Lefévre, que compunham peças para eles mesmo executarem.
O Período Romântico marcou assim o apogeu do clarinete. Com os desenvolvimentos e aperfeiçoamentos mecânicos, o aumento da tessitura, aparecimento de instrumentistas virtuosos, sua excepcional capacidade de mistura tímbrica com outros instrumentos, tornaram o clarinete um alvo preferencial para os compositores da época, de tal modo que adquiriu, então, um papel de relevo seja na música sinfónica, ópera e música de câmara, bem como nas obras solo.

Hoje em dia nas bandas sinfonicas, graças ao seu virtuosimo, o clarinete assume o papel que, na música sinfónica, é normalmente confiado às cordas, particularmente aos violinos.

Evolução do Sistema de Chaves

A evolução do chalumeau para o clarinete, por Johann Denner, traduziu-se na criação de um instrumento que não tinha mais do que 7 buracos e 2 chaves “operando” num curtíssimo registo tímbrico de 12ª.

Por volta de 1700, J. Denner colocou as 2 chaves de tal modo que uma delas (chamada “chave de registo”) possibilitou o aumento da tessitura do clarinete para aproximadamente 3 oitavas.

Em 1710, Jacob Denner, filho de Johannn, efetuou várias experiências na colocação das chaves descobrindo posições que permitiam atingir registos mais agudos e uma melhor afinação.

Por volta de 1740 foi introduzida a terceira chave e em 1778 o clarinete standard tinha já 5 chaves. Não obstante, a esta altura o clarinete era sobretudo tocado por oboístas que tocavam ambos os instrumentos (oboé e clarinete) não havendo a tradição de um instrumentista se dedicar exclusivamente ao clarinete.


É curioso notar que foi para o clarinete de 5 chaves que Mozart escreveu o seu Concerto e Quinteto. É extraordinário imaginar a agilidade e virtuosismo do instrumentista a quem coube a missão de executar tais obras, considerando a complexidade dinâmica, tímbrica e cromática das mesmas, por um lado, e as limitações técnicas de um instrumento com apenas 5 chaves. Mozart compos o concerto e quinteto para seu amigo e companheiro de Maçonaria, Anton Stadler. O registro grave do clarinete era o que mais agradava Mozart, que frequentemente o comparava à beleza da voz humana.
clarinetes de 5 chaves feitos por J.Denner
O clarinete de 5 chaves manteve-se como standard até princípios do séc. 19, época em que Ivan Muller introduziu lhe importantes modificações, de tal ordem que é por muitos considerado como o verdadeiro pai do clarinete moderno.

Ivan Muller, nascido na Russia, fixou-se por volta de 1809 em Paris, cidade onde se situavam os principais fabricantes de instrumentos em madeira da época. Começa então a introduzir alterações na construção do clarinete, desenvolvendo intrincados mecanismos de chaves, permitindo combinações técnicas que de outro modo só seriam possíveis com recurso a dedos suplementares.

Muller apresentou o seu “invento” (um clarinete com 13 chaves) no Conservatório de Música de Paris em 1815, e foi completamente rejeitado. Tal rejeição não derivou diretamente do sistema apresentado por Muller, mas sim do entendimento que os professores da época partilhavam de que este tipo de clarinete, com afinação em Sib, poderia acabar com os outros tipos de clarinete então existentes (com diferentes afinações) extinguindo a variedade tímbrica e recursiva que esses diferentes clarinetes se prestavam.

anton stadler
silhueta de Anton Stadler
clarinete muller 2
clarinete muller 3
clarinete muller
Em detalhe: as inovações nos clarinetes construídos por Muller
claves sol#-lá
chaves fá-ré#-dó#
chave sol#-lá tal como conhecemos hoje

Uma breve história

Uma breve história 1 2 3

O clarinete tal como conhecemos hoje passou por uma longa e complexa evolução. Em diversas culturas antigas são encontrados instrumentos cujo processo de produção do som é o mesmo que o da clarineta, são os chamados instrumentos de palheta simples, por possuirem uma única palheta que vibra e produz o som através de um tubo.
Por volta do ano 2700 A.C já era encontrado no Egito instrumentos como o iarghul, a zummara e o midjweh. Na Índia podemos encontrar até hoje um instrumento tradicional conhecido como Pungi, que é usado pelos encantadores de serpentes.        
midjweh
iarghul
zummara
pungi
A invenção da clarineta é universalmente creditada a Johann Christoph Denner (1655-1707) e seu filho Jacob Denner (1685-1735), famosos fabricantes de instrumentos de sopro que residiam na cidade de Nuremberg, e tinham a intenção de desenvolver o chalumeau.
            O chalumeau era uma espécie de flauta doce com um “bico”, onde se prendia uma palheta. e sua extensão sonora era de aproximadamente uma oitava e meia. Denner acrescentou ao chalumeau  uma chave na parte superior traseira, que possibilitou ao instrumento atingir um registro agudo. Estava criada a clarineta. Pesquisadores acreditam que isso aconteceu em torno de 1701- 1704.
chalumeau
clarinetes construidos por Denner
A sonoridade do registro agudo da clarineta foi associado, a princípio, ao som do trompete, tanto que o primeiro nome dado ao instrumento foi  mock trumpet (mock=“zombar”,“imitar”). Posteriormente, o registro agudo começou a ser chamado de “clarino” ,ainda em referencia ao trompete,  derivando em clarineta, ou seja “pequeno clarim”.
            A grande diferença da clarineta em relação aos demais instrumentos de sopro é que numa mesma posição o instrumento emite um intervalo de 12ª, enquanto os demais instrumentos emitem uma oitava. Essa característica possibilita à clarineta possuir a maior tessitura entre os instrumentos de sopro, de quase 4 oitavas. Logo, essa e outras  características começaram a cativar os compositores.
Em 1740, Vivaldi compôs tres concertos grossos para dois clarinetes e dois oboés e Handel compos uma abertura para dois clarinetes e corno di caccia na mesma decada. Karl Stamitz e Georg Fuchs compuseram concertos para integrantes da famosa Orquestra de Manheim na década de 1780. Esses concertos demonstravam a grande facilidade com que os executantes podiam passar do registro grave ao agudo, porém a afinação e progressões cromáticas eram ainda grandes desafios. Durante esse período foi significante a experimentação por parte de luthiers no tubo e furos do clarinete com o objetivo de superar esses problemas.
Em finais do século 17, o clarinete sofreu uma evolução com a introdução de novas chaves e alterações ao nível do diâmetro e posições dos orifício.  Ivan Muller (Alemanha) desenvolveu nesta fase o clarinete de 13 chaves cuja popularidade se manteve até finais do séc. XIX.

Entre 1839 e 1843, Joachim Klosé e Theobald Buffet adaptaram ao clarinete o sistema de colocação de dedos da flauta, chamado Boehm. Apesar deste ser o sistema habitualmente utilizado hoje em dia, subsistem ainda outros sistemas, como é o caso dos sistema “Albert” e “Oehler” (usados sobretudo na Alemanha).

Breve História do Clarinete

 Instrumento musical de sopro. Compreende um tubo, geralmente de madeira, que tem a extremidade em forma de campânula e um bocal cônico com uma única palheta. Tem quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo. Os sons são produzidos quando se sopra através da palheta, enquanto os dedos do músico abrem e fecham os orifícios ao longo do tubo.

Considerações Históricas

O predecessor do clarinete foi a charamela que se pode considerar como o primeiro instrumento musical de palheta única. Apareceu em finais de 1600 e era muito pouco versátil e funcional uma vez que a tua tessitura não chegava sequer às 2 oitavas.

Johan Christoph Denner (Nuremberga) e o seu filho Jacob são apontados como os “inventores” da chamada “chave de registo” que permitiu à charamela aumentar significativamente o seu registo tímbrico. Contudo, curiosamente na charamela ( e actual clarinete) a mudança de registo faz-se ao intervalo de 12ª ao passo que nos restantes instrumentos de palheta tal transposição ocorre à 8ª. Dessa forma, por exemplo, com todos os orifícios tapados e sem a “chave de registo” accionada o clarinete emite a nota Mi, ao passo que com a chave activa não emite a oitava superior dessa nota mas sim a nota Si num intervalo de 12ª.

Devido a esta inovação introduzida por J. C. Denner, este último é considerado como o inventor do clarinete.

O clarinete é ainda distinto e único em termos da configuração do seu corpo. Enquanto os outros instrumentos de sopro apresentam uma configuração cónica (até mesmo a flauta), alargando à medida que se avança de uma extremidade para a outra, o corpo do clarinete é cilíndrico, o que justifica a excepcional mudança de registo já referida e uma unicidade em termos das suas particularidades tímbricas.

Em finais de 1700 o clarinete sofreu diversas fases evolutivas com a introdução de novas chaves e alterações ao nível do diâmetro e posições dos orifícios, por exemplo. Iwan Muller (Alemanha) desenvolveu nesta fase o clarinete de 13 chaves cuja popularidade se manteve até finais do séc. XIX.

Entre 1839 e 1843, Klosé e Buffet adaptaram ao clarinete o sistema Bohem (da flauta) de colocação dos dedos. Apesar deste ser o sistema habitualmente utilizado hoje em dia, subsistem ainda outros sistemas, como é o caso dos sistema “Albert” e “Oehler” (usados sobretudo na Alemanha).

O “basset horn” é um tipo de clarinete habitualmente afinado em Fá.


Evolução do Sistema de Chaves

A evolução da charamela para o clarinete, da responsabilidade de Johann Denner, traduziu-se na criação de um instrumento que na época (ap. 1690) não tinha mais do que 7 buracos e 2 chaves “operando” num curtíssimo registo tímbrico de 12ª.

Por volta de 1700, J. Denner colocou as 2 chaves de tal modo que uma delas (chamada “chave de registo”) possibilitou o aumento da tessitura do clarinete para aproximadamente 3 oitavas.

Em 1710, Jacob Denner, filho de Johannn, efectuou várias experiências na colocação das chaves descobrindo posições que permitiam atingir registos mais agudos e uma melhor afinação.

Por volta de 1740 foi introduzida a terceira chave e em 1778 o clarinete standard tinha já 5 chaves. Não obstante, nesta altura o clarinete era sobretudo tocado por oboeístas que tocavam ambos os instrumentos (oboé e clarinete) não havendo a tradição de um instrumentista se dedicar em exclusivo ao clarinete.

É curioso notar que foi para o clarinete de 5 chaves que Mozart escreveu o seu Concerto e Quinteto. É extraordinário imaginar a agilidade e virtuosismo do instrumentista a quem na altura coube a missão de executar tais obras, considerando a complexidade dinâmica, tímbrica e cromática das mesmas, por um lado, e as limitações técnicas de um instrumento com apenas 5 chaves.

O clarinete de 5 chaves manteve-se como standard até princípios do séc. 19, altura em que Ivan Muller introduziu lhe importantes modificações, de tal ordem que é por muitos considerado como o verdadeiro pai do clarinete moderno.

Ivan Muller, nascido na Russia, fixou-se por volta de 1809 em Paris, cidade onde se situavam os principais fabricantes de instrumentos em madeira da época. Começa então a introduzir alterações na construção do clarinete, desenvolvendo intrincados mecanismos de chaves, permitindo combinações técnicas que de outro modo só seriam possíveis com recurso a dedos suplementares...

Muller apresentou o seu “invento” (um clarinete com 13 chaves) ao Conservatório de Música de Paris em 1815.... e foi chumbado redondamente. Tal rejeição não derivou directamente do sistema apresentado por Muller, mas sim do entendimento que os mestres da época partilhavam de que este tipo de clarinete, com afinação em Sib, poderia acabar com os outros tipos de clarinete então existentes (com diferentes afinações) pondo em causa a variedade tímbrica e recursiva a que tais diferentes clarinetes se prestavam.

O passo seguinte da evolução do clarinete foi a adaptação ao clarinete do sistema Bohem.

Tal como se referiu anteriormente, a introdução e estandardização do sistema Bohem decorreu a partir da adaptação do sistema usado na flauta (cuja criação é atribuída a Theobald Bohm).

A ideia básica deste sistema é que a colocação dos orifícios do instrumento é feita em função de critérios acústicos mais do que em critérios de conforto manual (os orifícios dos clarinetes não Bohem eram projectados para facilitar o manuseamento mecânico das mãos). Desta forma, o recurso às chaves para abertura e oclusão dos orifício reveste-se de particular importância esbatendo assim as dificuldades mecânicas. O clarinete bohem é hoje em dia composto por 17 chaves.

Este sistema foi entretanto aplicado não apenas ao clarinete, mas também ao oboé e saxofone. Um sistema híbrido é ainda utilizado no fagote.

O sistema Albert, como já se disse, ainda é usado em algumas regiões da Europa e Estados Unidos. A principal limitação deste sistema de colocação dos dedos é que “obriga”, em determinadas circunstâncias, ao cruzamento de dedos (dificuldade que o sistema Bohem ultrapassou) o que se torna particularmente limitante em passagens mais difíceis que exijam destreza de dedos.

O sistema Oehler (pronuncia-se “oiler”) por seu turno, também requer o cruzamento de dedos e difere bastante do sistema Bohem. A sua principal particularidade reside na utilização de chaves com “rolamentos” semelhantes às que se encontram nos saxofones. Este tipo de clarinete apresenta um conjunto de 22 chaves e é usado sobretudo na Alemanha.

O Período Romântico

O Romantismo pode ser considerado como o período no qual o clarinete adquiriu a sua identidade e maturidade enquanto instrumento de eleição.

Nos períodos anteriores a presença do clarinete no conjunto das obras musicais então escritas era claramente rudimentar ou inexistente. A charamela (predecessor do clarinete) surgiu por volta dos séc. 16/17 e apenas no período Barroco, ainda que de modo insipiente começam a aparecer obras musicais com inclusão do clarinete.

O Período Romântico marca assim o apogeu do clarinete. Os desenvolvimentos e aperfeiçoamentos mecânicos já referidos, o aumento da tessitura e aparecimento de instrumentistas virtuosos, a par da sua excepcional capacidade de mistura tímbrica com as cordas, metais e outros instrumentos de madeira tornaram o clarinete um alvo preferencial para os compositores da época, de tal modo que este instrumento adquire, nesta altura, um papel de relevo ao nível de géneros como a música sinfónica, ópera e música de câmara bem assim como ao nível da escrita de obras a solo.

Hoje em dia, ao nível das bandas filarmónicas, o clarinete assume o papel que, ao nível da música sinfónica, é normalmente confiado às cordas, particularmente aos violinos.

Dos instrumentos tradicionalmente usados nas bandas filarmónicas, o clarinete apresenta-se como um dos que se presta a maiores virtuosismos técnicos por parte dos seus executantes.


Referências bibliográficas

Brymer, Jack. Clarinet. New York : Schirmer, 1976.
Downs, Philip. Classical Music. New York : W. W. Norton Company, 1992.
Kroll, Oskar. The Clarinet. New York : Taplinger, 1965.
Leeson, Daniel. Woodwind Anthology. Edited by The Instrumentalist. The Use of the Clarinet in C. New York : The Instrumentalist Company, 1983.
Rice, Albert. The Baroque Clarinet. Oxford : Clarendon Press, 1992.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cuidados com o clarinete

Cuidados com o clarinete

Para ter um instrumento sempre em perfeitas condições é necessário,
antes de tudo, tratá-lo muito bem. Alguns cuidados são essenciais para
que o clarinete tenha uma vida útil e longa bastando, apenas, alguns
cuidados bem simples. Segue, abaixo, uma série de procedimentos que
serão úteis para manter o clarinete com uma boa aparência e um bom
funcionamento.
ESTOJO
O estojo não serve somente para guardar o clarinete, mas também para
protegê-lo de pancadas e coisas do tipo. Existe, também, uma espécie de
bolsa que serve para transportá-lo. É bem mais prática para quem pega
ônibus é bem mais prático do que com o estojo, mas não oferece uma
proteção tão boa quanto o outro.
SECANDO O CLARINETE
Após terminar de tocar o instrumento, você deve sempre secar suas partes.
Para isso, retire a boquilha e a enxugue bem. Nocaso da palheta, deve-se lavar. Se você quiser lavar a boquilha também é bom, mas não se esqueça de retirar a abraçadeira.
Para limpar o clarinete por dentro você deve usar escovas especiais de secagem que são encontrada com facilidade em lojas de acessórios para instrumentos musicais. Mas, se você não tem esse tipo de escova, faça da seguinte maneira: Arrume umpedaço de barbante ou qualquer outro tipo de cordão que seja resistente, um pesinho (pode ser um parafuso, porca etc.) e um pano macio de preferência que não solte fiapos (recomenda-se aquele pano que se usa em fraldas, ou pode ser uma flanela). Prenda o peso numa extremidade e o pano na outra. Recomenda-se que se cubra o peso com uma fita (pode ser esparadrapo). Isso evita que se arranhe o seu instrumento. Introduza o peso pela campana do clarinete. Manobre o instrumento de maneira que o peso saia pelo outro lado. Puxe o barbante com o pano e repita a operação quantas vezes forem necessárias. O mesmo deve ser feito com a boquilha.
LIMPANDO O CLARINETE
Após o uso, o mais indicado é passar uma flanela ou um pano macio em toda a superfíciedo clarinete, passando pelas chaves e anéis e os espaços entre eles, tudo com muito cuidadoara que não empene o mecanismo das chaves e anéis do clarinete dada a sua sensibilidade.
Este procedimento evita o acumulo de crostas e a oxidação das chaves e anéis do instrumento.

image

Boquilha

Boquilha

A boquilha é a zona do clarinete onde se sopra. Usa-se uma palheta (feita de cana, que vibra com a passagem do ar), produzindo som.
De que adianta ter um bom Clarinete e não ter uma boa boquilha?
Na verdade a boquilha é uma peça de extrema importância no clarinete.
No início do século 20 as frágeis boquilhas de madeira e de vidro foram substituidas por boquilhas de plastiscina que fazem a maior parte das boquilhas fabricadas hoje em dia. Algumas linhas de boquilhas de cristal ainda são fabricadas, mas essas não são extensamente usadas devido ao alto custo e fragilidade.
Sem dúvida, a boquilha é o componente do clarinete que exerce o maior grau de variação
na entonação do instrumento.
boquilha clarinete boquilha clarinete

Digitação do clarinete

Digitação do clarinete


digitação do clarinete

Observe na figura ao lado como se desenvolve a digitação (posicionamento dos dedos no
instrumento) do clarinete:
O Aluno deverá observar a disposição dos dedos nos orifícios como mostra a figura abaixo
para uma boa afinação e qualidade da emissão sonora.




Tabelas de Digitação
digitação clarinete
Tabela digitação do clarinete

Particularidades do Clarinete

Particularidades do Clarinete

oboéA clarineta possui semelhanças com o oboé, mas difere deste no que diz respeito à sua forma (o oboé é cônico, e a clarineta é cilíndrica); no timbre (o oboé é rascante, anasalado e penetrante, enquanto a clarineta é mais aveludada que penetrante, menos rascante e mais encorpada); e na extensão de notas (o oboé possui a menor extensão de notas dentre os sopros, enquanto a clarineta, a maior). Essas diferenças se dão principalmente pela forma cilíndrica da clarineta e do uso de apenas uma palheta, enquanto que no oboé, no fagote e no corne ingês (também membros das madeiras) se utiliza uma palheta dupla.fogote

Os clarinetistas atualmente compram suas palhetas, e fazem os ajustes necessários artesanalmente a fim de corrigir as imperfeições destas, para adequá-las à sua própria anatomia e necessidade de som. A palheta é fixada na boquilha por meio da braçadeira, que funciona como um prendedor, onde o clarinetista manipula a força e intensidade com que a palheta está presa na boquilha. Via de regra, a palheta não pode estar demasiadamente frouxa e nem excessivamente apertada.

Embora o processo descrito acima, sobre o uso da palheta nas saxofoneclarinetas, também seja usado no saxofone, não podemos confundi-lo! O saxofone nasceu da clarineta e, por isso, apresenta mecanismos semelhantes, mas a embocadura da clarineta é muito mais tensa e trabalhosa do que a embocadura exigida no saxofone. E isso é muito nítido ao comparar a execução de um saxofone e de uma clarineta. Inclusive, muitos músicos que querem aprender a tocar saxofone, também optam por aprender primeiramente, ou paralelamente, a clarineta.
 
clarinete

Clarineta, um instrumento transpositor


O clarineta pertence a um grupo de instrumentos chamados transpositores, o que, em poucas palavras, pode ser resumido da seguinte forma: A nota escrita (na partitura) é diferente da nota verdadeira: isso por causa da afinação própria do instrumento. Sendo imageassim, é necessário que haja uma transposição de notas para que o clarinete toque no tom real da música. Isso trouxe facilidade aos músicos, pois, a clarineta possui uma extensão de notas muito grande. As clarinetas mais comuns são os instrumentos em Si bemol e em Lá. O instrumento em Dó, raramente usado hoje, era muito utilizado na orquestra clássica e pré-romântica (Mozart e Beethoven). Há, também, os clarinetes mais agudos, também conhecidos como requinta em Mi bemol, raramente encontrados em Ré (Richard Strauss e Stravinsky), e as clarinetas mais graves, como as clarinetas alto em Mi bemol, a clarineta baixo em Si bemol e a clarineta contrabaixo em Si bemol. Aparentado com o clarinete, é o cor de basset, afinado em Fá. Enquanto as bandas militares dão preferência à clarineta alto, as orquestras sinfónicas dão preferência ao cor de basset.

Especificações do Clarinete Montado


Especificações do Clarinete Montado

imageESPECIFICAÇÕES DO CLARINETE :
• Afinação em Si Bemol
• Corpo em ABS ou madeira
• Acabamento das Chaves NIQUELADO
• 17 Chaves
• Parafusos de Aço Inoxidável
• Sistema BOEHM
• 1 Barriletes
• 6 Anéis
• Juntas de Cortiça Natural
• Dimensões: 26cm x 37,5cm x 12cm
(AxCxL)
• Peso: 3Kg
Clarinete desmontado
Todas as peças são de encaixe. Por esse motivo o aluno deverá ter cuidado ao acoplá-las
para evitar danos às chaves.
 

A Influência da Boquilha e do Barrilete na Entonação

A Influência da Boquilha e do Barrilete na Entonação

Sem dúvida, a boquilha é o componente do clarinete que exerce o maior grau de variação na entonação do instrumento.Existe uma pequena variação entre o volume mínimo e máximo da boquilha, que criam faixas modais e afinação fundamental.Dr Gibson estabelece que este volume ideal é de 13,5cm3.Quando o volume da boquilha sai fora desta faixa, o instrumento tocará tendencionado ao sustenido com pequeno volume ou ao bemol com um grande volume.
A relação entre o volume e o recorte inferior é uma relação inversa que também existe no diâmetro da boquilha e na câmara da nota.Os fabricantes de boquilhas proporcionam uma variedade de tonalidades, somente utilizando-se desta equação, desenvolvendo sua própria tonalidade, porém o volume do cilindro não pode exceder a 2/3 do volume total sem comprometer a faixa modal. boquilha clarinete  
A entonação de uma boquilha projetada corretamente pode ser compromissada pelo estiloda face que ela utiliza. Faces curtas e fechadas tendencionam o instrumento ao sustenido,enquanto que faces abertas e longas tendencionam para bemol.Este conhecimento pode ser usado para corrigir problemas inerentes de boquilhas mal projetadas.Uma boquilha com afinação baixa pode ser encurtada pelo final da sua junta, porém a característica do som irá mudar.Eu tenho obtido sucesso na correção de boquilhas que possuem afinação alta, com adição de um anel de afinação de 0,5 mm colocado do lado da junta do barrilete.Algumas irregularidades de entonação podem ser balanceadas com um barrilete correto. De fato, o barrilete pode ser considerado como parte do sistema da boquilha.No projeto dos primeiros clarinetes a boquilha e o barrilete eram peça única. Isto ficou claro para os fabricantes modernos que, caso as boquilhas quebrem, é muito mais simples trocar somente a boquilha do que o conjunto. A separação da boquilha e do barrilete se tornou comum nos projetos em meados do século XVIII, agora no século XXI, são oferecidas aos clarinetistas inúmeras combinações de boquilhas e barriletes que fazem a cabeça entrar em parafuso.O barrilete não é mais somente um elemento de entonação, mas também de afinação.

Uma boquilha com projeto correto, normalmente requer um barrilete de 66,0 mm (Buffet R13 Bb) para a afinação de A= 440-441.Um barrilete de 67,0 ou 65,0 mm são aceitáveis.Um clarinete Buffet em A, geralmente requer um barrilete de 65,0 mm, porém 66,0 mm ou 64,0 mm também são aceitáveis.Se você precisar usar um barrilete fora destes limites o problema poderá ser: a) a boquilha, b) o clarinete ou c) a pessoa que toca.

barrilete
Os barriletes, independentemente da forma externa, podem ser classificados em duas categorias: cônicos e não cônicos.O projeto do clarinete Buffet R13 necessita de um diâmetro “bore size” de 14,95 mm com uma redução de conicidade não linear. Isto transforma a dimensão do lado da boquilha de 14,96 mm. A razão é para compensar a afinação baixa no terceiro modo (notas acima de C3, registro altíssimo) necessita de boquilhas de pequeno diâmetro tais como as que são fornecidas junto com os clarinetes Buffet.
Por muitas razões muitos músicos nos Estados Unidos preferem boquilhas similares ao projeto de Frank Kaspar. Esta boquilha de grande diâmetro acoplada a um barrilete não cônico cria dois problemas de entonação.O terceiro modo tende ao sustenido e as notas “throat tones” tendem a bemóis.Neste caso os barriletes de conicidade reversa de Hans Moennig, são bem vindos.Os barriletes de conicidade reversa são maiores no lado da boquilha.Barriletes Moennig fabricados pela Buffet possuem 14,96 mm do lado da boquilha e reduzem para 14,7 mm do lado da espiga.
barrilete madeira
A inovação de Moennig para os clarinetistas americanos não é uma idéia nova.ela já era usada pelos clarinetistas alemães anos atrás,porém nós precisávamos dar um crédito ao Sr,Moennig para a introdução do uso deste barrilete no país.
Os clarinetes profissionais utilizados em grande quantidade nos Estados Unidos até 1960 eram fabricados pela Selmer e possuíam um grande “bore size”.Depois a Buffet começou a dominar este mercado e os músicos não queriam desistir das suas boquilhas de grande diâmetro projetadas para os clarinetes Selmer.O barrilete de Moennig veio solucionar este problema.

Esta redução severa no diâmetro pela conicidade possui vários efeitos positivos. O terceiro modo não tende ao sustenido e as décimas segundas próximas à boquilha possuem orifício pequeno. As notas “throat tones” tendem ao sustenido e possui o melhor foco.O choque criado pelo degrau na junção da boquilha e do barrilete pode adicionar uma resistência favorável que incrementa a resposta e centraliza a nota.

O prestígio da clarineta

O prestígio da clarineta

 
As possibilidades harmônicas, o grande controle de dinâmicas que o instrumento permite, a grande agilidade, a grande extensão de notas, a sua natureza de timbres e o poder sonoro dão à clarineta uma posição de destaque nas orquestras atuais. Alguns dizem que é o "violino das madeiras", em razão das virtudes mencionadas acima. No entanto, a clarineta ainda não é um instrumento perfeito e algumas notas ainda apresentam sérios problemas de afinação, mesmo com todo o trabalho iniciado pelo flautista Boehm, que foi adaptado posteriormente para os demais sopros.
O sistema Oehler é, hoje, considerado o mais apropriado para a clarineta, já que resolveu a maior parte dos problemas deste instrumento, mas, ainda assim, não é perfeito, pois acarretou uma perda de brilho ao timbre natural da clarineta. Enquanto o sistema Boehm, apesar de manter alguns desses problemas, mantém o brilho particular deste instrumento.
O controle dessas imperfeições cabe ao músico, e isso ajuda a tornar a clarineta um instrumento desafiador. Quem se interessar em tocar clarineta, saiba que precisará de muito empenho e dedicação, mas saiba também que irá se encantar com a beleza desse instrumento.

clarinete

A natureza do timbre e onde escutar o clarinete

A natureza do timbre e onde escutar o clarinete

 
O timbre da clarineta é muito diversificado. Na região grave, chamada de chalumeau o timbre é aveludado, cheio e obscuro; no registro médio, há uma mudança fantástica, pois o timbre se torna brilhante e expressivo. Conforme o registro vai-se tornando agudo, o timbre vai-se tornando cada vez mais brilhante, e ganhando uma natureza humorística, sarcástica.
A grande capacidade de expressão da clarineta tornou-a um instrumento de grande prestígio em diversos tipos de estilos. No Klezmer é que podemos ouvir os solos mais sarcásticos e "humorísticos" deste instrumento. No Brasil, este instrumento é bastante utilizado na execução de choros, e em grupos de samba, serestas e na própria MPB.
clarinete blog dos clarinetistas

Tarogató (Um primo do clarinete)

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Tarogató (Um primo do clarinete)

O tárogatók (Tarogato plural, töröksíp, cachimbo turco ou, anglicized, tárogatós; romeno: taragot) refere-se a dois diferentes instrumentos de sopro húngaro: Tarogató o antigo e o moderno (ou modificados). O Tarogató moderno pretendia ser uma recriação do Tarogato original, mas os dois instrumentos tem pouco em comum.
Não está claro se o tarogato foi trazido para a Europa pela primeira magiares quando imigraram do Oriente, no século 9. É certo, contudo, que os instrumentos deste tipo, desceram do zurna do Oriente Médio, foram introduzidos na Europa Oriental pelos turcos durante a Idade Média, como evidenciado pela töröksip prazo "cachimbo turco" que foi utilizado como sinônimo para Tarogato. É possível que os instrumentos de ambas as tradições foram combinadas em uma única entidade. O Tarogato tem uma origem persa, e ele apareceu na Hungria durante as guerras turco. Até por volta do século 18, o Tarogato era um tipo de charamela, com uma palheta dupla, furo cônico, e sem as chaves.
Sendo um instrumento muito alto e estridente, a Tarogato foi utilizada como um instrumento de sinalização no campo de batalha (como a corneta ou a gaita de foles).
O instrumento foi finalmente abandonado sendo considerado muito alto para uma sala de concertos.
O tarogato foi um instrumento ícone da Guerra do Rákóczi para a Independência (1703-1711). Seu uso foi suprimido no século 18 pela monarquia dos Habsburgos.
tarogato
Na década de 1890 uma versão moderna foi inventada por Vencel József Schunda, um fabricante de instrumentos de Budapeste. Ele usa uma palheta simples, como um clarinete ou saxofone, e tem um furo cônico, similar ao saxofone.  O instrumento é feito de madeira, geralmente de madeira granadilha negro como um clarinete.  O tamanho mais comum, o Tarogato soprano em B ♭, é de cerca de 29 polegadas (74 cm) de comprimento e tem um som fúnebre semelhante a uma cruz entre um chifre Inglês e um saxofone soprano. Outros tamanhos existem, um criador, János Stowasser, anunciou uma família de sete tamanhos dos quais o maior foi um Tarogato contrabaixo em Mi ♭.  O novo Tarogato se parece muito pouco com o Tarogato histórico e os dois instrumentos não devem ser confundidos . Foi sugerido que o schundaphone nome teria sido mais exato, mas Tarogato foi usado por causa da imagem nacionalista que o instrumento original tinha.
Este instrumento foi um símbolo da aristocracia húngara, e o instrumento de sopro de madeira favorito do governador Miklós Horthy.
Fábricas na Hungria cessaram após a II Guerra Mundial, embora tárogatós continuaram a ser feitos na Romênia e em outros países. In the 1990s several Hungarian makers started producing the instrument again. Na década de 1990 vários fabricantes húngaros começaram a produzir o novo instrumento.
A Tarogato moderno pode ocasionalmente ser ouvido na Lei de 3 de Tristan und Isolde de Richard Wagner, onde se tornou tradicional em algumas casas de ópera (por exemplo, a Royal Opera House, de Londres) para usá-lo em vez do off-anglais fase cor para a última passagem (barras 999-1149) de ar do Pastor, mas Wagner não especificou isso, apenas sugerindo na pontuação "especialmente construído um instrumento simples e natural".
Na década de 1920, Luta Ioviţă, que jogou o instrumento no exército durante a Primeira Guerra Mundial, trouxe-a para Banat (Romênia), onde se tornou muito popular sob o nome taragot.
Dumitru Farcas, que nasceu em Maramures, fez o instrumento conhecido em todo o mundo e é considerado o tocador mais famoso Tarogato.
Dumitru Farcas
UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE O CLARINETE
O Clarinete
Clarinete nas orquestras
Clarinete

Entre os principais instrumentos de sopro, a clarineta, ou clarinete, foi o último a ser incorporado à orquestra. A clarineta foi inventada por volta de 1690 por Johann Denner, um construtor de instrumentos, de Nuremberg, ao aperfeiçoar um instrumento conhecido como chalumeau. Ele deu o nome de clarineta ao novo instrumento devido a suas notas agudas parecerem similares em brilho às do trumpete agudo, cujo nome em italiano era clarino. Entretanto, foi necessário que se passasse um século até a clarineta consolidar seu lugar na orquestra.

A clarineta utiliza uma palheta simples - a talisca de uma cana especial é cuidadosamente desbastada em uma extremidade, até tornar-se bastante delgada e flexível - que é colocada sobre uma abertura de formato oblongo situada na boquilha, a qual tem uma extremidade em forma de cunha. A palheta é mantida na boquilha pela braçadeira e por parafusos reguláveis.
O clarinetista coloca a boquilha nos lábios, a palheta em contato com o lábio inferior, repuxando ligeiramente os lábios para dentro da boca e sobre os dentes, para apoiar e acolchoar a palheta. A boca se fecha em volta da boquilha para impedir escapamento de ar. Quando o instrumentista sopra, o ar passa entre a boquilha e a palheta causando assim a vibração da palheta. A vibração da palheta põe a coluna de ar situada dentro do instrumento em vibração, produzindo assim a nota. Enquanto o formato do tubo do oboé é cônico, o da clarineta é principalmente cilíndrico. Devido a essa característica, os sons produzidos pela clarineta são mais graves em relação ao seu comprimento.
As clarinetas eram originalmente construídas em três tamanhos: afinadas em dó, em si bemol e em lá. (A clarineta em dó tornou-se por fim obsoleta devido à superioridade do som das outras duas.) Para maior conveniência do instrumentista, as partes eram escritas de maneira a não haver mudança de dedilhado, qualquer que fosse a clarineta que se estivesse usando. Mas isso significa que as notas da clarineta em dó soavam exatamente como estavam escritas, enquanto as notas para as clarinetas em si bemol e lá tinham de ser escritas mais agudas para soarem na altura real. Esses são exemplos de instrumentos transpositores.
A clarineta em si bemol produz a nota si bemol quando se escreve a nota dó. Para produzir a nota dó, deve-se escrever ré. Assim, todas as notas para a clarineta em si bemol devem ser escritas um tom acima do que elas soam.
A clarineta em lá produz a nota lá quando a nota dó está escrita. Portanto, todas as notas para essa clarineta devem ser escritas uma terça menor (ou três semitons) acima do que elas soam.
A escolha de qual clarineta, si bemol, ou lá, deve ser usada é feita na realidade pelo compositor, que decide qual das duas terá menos sustenidos ou bemóis quando a música for escrita.
O instrumentista usa a clarineta indicada e dedilha as notas escritas. De acordo com o tipo da clarineta e a transposição, as notas produzidas estarão na tonalidade e altura corretas combinando perfeitamente com os outros instrumentos que estão tocando.
De todos os instrumentos de sopro, a clarineta possui a maior extensão de notas. O timbre da clarineta, menos nasalado e rascante que o do oboé, varia de acordo com o registro. As notas graves abaixo do dó médio são chamadas de registro chalumeau. Essas notas são ricas, com pouco corpo de som, mas aveludadas. As notas do registro médio são mais brilhantes e o brilho aumenta à proporção que se sobe para o registro agudo, onde os sons chegam a ser penetrantes e estridentes.
O clarinetista tem grande controle sobre a expressão e a dinâmica, podendo tocar súbitos crescendos e diminuendos com facilidade. A clarineta é igualmente capaz de tocar melodias suaves e expressivas ou rápidas e rítmicas. Ela pode ser extremamente ágil, tocando grandes saltos intervalares com pouca dificuldade. Arpejos rápidos e borbulhantes são particularmente efetivos.
Clarinete Baixo
A clarineta baixo é duas vezes maior que a clarineta normal, e se situa uma oitava abaixo. A parte superior do instrumento é curvada para trás para que o instrumentista possa facilmente alcançar a boquilha com sua palheta simples. A parte inferior do instrumento se abre em uma campânula metálica voltada para cima.
Quando a clarineta baixo é requisitada na orquestra, ela é geralmente tocada pelo terceiro clarinetista. Para facilitar a leitura do instrumentista, as notas são geralmente escritas na clave de sol, uma oitava e um tom acima dos sons reais.
O timbre da clarineta baixo é suave, esplendidamente rico e ressonante, porém com pouco corpo de som, ligeiramente nasalado.
Dois outros tipos de clarinetas são às vezes usados na orquestra. A pequena clarineta em mi bemol (requinta) tem um som agudo, estridente, claramente audível no final de Till Eulenspiegel, de Strauss, ao imitar os guinchos de terror de Till sendo enforcado. No movimento final do "Sonho de uma noite de sabá", da Sinfonia Fantástica de Berlioz, sugere o gargalhar diabólico de uma bruxa enquanto cavalga sua vassoura.

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Clarinete

Clarinete

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Clarinete Soprano Sib do Sistema Boehm
O clarinete ou clarineta é um instrumento musical de sopro constituído por um tubo cilíndrico de madeira (já foram experimentados modelos de metal), com uma boquilha cônica de uma única palheta e chaves (hastes metálicas, ligadas a tampas para alcançar orifícios aos quais os dedos não chegam naturalmente). Possui quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo. Quem toca o clarinete é chamado de clarinetista.

Índice

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[editar] História

O clarinete é um descendente do chalumeau, instrumento bastante popular na Europa pelo menos desde a Idade Média. Em 1690, Johann Christoph Denner, charamelista alemão, acrescentou à sua charamela uma chave para o polegar da mão esquerda, para que assim pudesse tocar numa abertura, o que lhe trouxe mais possibilidades sonoras. Surgiu, assim, o clarinete contemporâneo. Introduzido nas orquestras em 1750, foi um dos últimos instrumentos de sopro incorporados à formação orquestral moderna. E a clarineta é usada até hoje nas maiores orquestras do mundo.

[editar] Tipos de clarinete

A família do clarinete é composta por vários instrumentos:
  • Clarineta Sopranino . Em Láb - 1 oitava mais aguda que a requinta.
  • Clarineta Requinta - Em Eb (Mib) ou em D (Ré) - 1 quinta mais aguda que o soprano. A Requinta em Ré é antiga e incomum hoje em dia.
  • Clarineta Soprano (clarineta padrão) - o mais comum - geralmente afinado em C(Dó),Bb(Sib),A(Lá)
  • Clarineta Basset - Em A (lá) - muito usado em concertos para clarinete em lá, sobretudo no concerto de Mozart e quinteto de Mozart, este clarinete atinge notas de mais graves além do registro usual da clarineta padrão.
  • Cor de basset ou Corno Basseto - espécie de clarinete em Fá, tem o corpo ligeiramente diferente (curvo ou angular), muito usado por Mozart, mas caiu em desuso, apesar de ter sido usado por R. Strauss em Elektra, por exemplo.
  • Clarineta Alto - Em Eb (Mib) - 1 quinta mais grave que o soprano
  • Clarinete Baixo ou Clarone - Em Bb (Sib) - 1 oitava mais grave que o soprano
  • Clarinete Contra-Alto ou Clarone Contra-Alto - Em Eb (mib), 1 quinta mais grave que o Clarone e 1 oitava mais grave que a clarineta-alto
  • Clarinete Contra-Baixo ou Clarone Conra-Baixo - Em Bb (Sib), clarinete com o dobro do tamanho do seu parente de metal, clarinete em ébano comum, 2 oitavas mais grave que o soprano.
  • Clarinete OctoContra-Baixo - Em Bb (Sib) - Clarinete extraordinário, em metal, 3 oitavas abaixo do soprano, altura física: 2 e ai vai um codigo da clarineta:hsdhv\mjdfhlidfjuxojurgjzoidofjasefjo\s

[editar] Sistemas de Chaves/Registros e Aneis

Existem vários sistemas de chaves para clarinetes. O chaveamento para clarinetes foi evoluindo com o tempo e se tornando mais ergonômico, facilitando vibratos e glissandos, e melhorando a afinação.[1]
No inicio do século 19 a clarineta tinha de 6 a 7 chaves mas nao existia um sistema padronizado. Por volta de 1811 Iwan Muller fez vários aprimoramentos a clarineta e por volta de 1815, o sistema Muller com 13 chaves se popularizou.
Hoje em dia o sistema de chaves mais usado é o Boehm. Ele recebeu este nome pois tem como base o sistema com o mesmo nome que se tornou padrão nas flautas transversais criado pelo inventor Theobald Boehm. Esse sistema foi adaptado para o clarinete por Hyacinthe Klosé e Auguste Buffet.[2]
O sistema Muller que foi usado extensivamente no século 19 deu origem a dois sistemas ainda usados hoje: O sistema Albert que é usado no leste europeu, em bandas de jazz (principalmente no sul dos Estados Unidos) e é o sistema preferido dos clarinetistas de Klezmer. E o sistema Oehler que é usado principalmente na Alemanha e Áustria[2]
O número de chaves/registos e de aneis pode variar bastante dependendo do sistema usado, tipo de clarinete, e do fabricante.
Para clarinetes soprano Sib essas são as configurações mais comuns:
  • Sistema Boehm com 16 ou 17 chaves e 6 aneis
  • Sistema Albert com 13 chaves e 2-4 aneis
  • Sistema Oehler com 22 chaves e 5 aneis
Devido ao numero reduzido de chaves e aneis, o sistema Albert tambem é conhecido como sistema simples.[2]
Uma variação ao Boehm bastante popular é o Boehm Completo, com 7 aneis, que adiciona algumas melhorias ao Boehm. Existiram vários sistemas experimentais e transitórios, dentre estes, alguns notaveis foram o Albert Aperfeiçoado e o Mazzeo, ambos produzidos pela Selmer, o Romero e o McIntyre.

[editar] Material de construção

Os clarinetes são tradicionalmente feitos de metal, ébano, granadilha, ebonite ou plástico.
No início do século 20 as frágeis boquilhas de madeira e de vidro foram substituídas por boquilhas de plástico ou ebonite, que fazem a maior parte das boquilhas fabricadas hoje em dia. Atualmente também são fabricados alguns modelos de boquilhas de cristal e de cerâmica, mas essas não são extensamente usadas devido ao alto custo e à fragilidade.
Barrilhetes e a campanas especializados podem ser feitos de vários tipos de madeira, de alumínio, cerâmica ou outros materiais.

[editar] Composição do Clarinete

O clarinete tem cinco partes, que são: a boquilha, o barrilhete, o corpo superior, o corpo inferior e a campana.
Boquilha: é a zona do clarinete onde se sopra. Usa-se uma palheta (feita de cana, que vibra com a passagem do ar), produzindo som.
Barrilhete: dá algum tamanho ao clarinete. É usado para a afinação. Quando o clarinete está “alto”, puxa-se o barrilhete para cima, mas caso contrário, põe-se o barrilhete para baixo. Barrilhetes de vários tamanhos, barrilhetes ajustáveis, e anéis de calço são vendidos para correção de afinação.
Corpos -superior e inferior- estes corpos são onde estão localizados os buracos e chaves onde se toca. O som fica diferente à medida que se mudam os dedos de posição, fazendo com que o ar saia por buracos diferentes.
Campana: A campana é o “amplificador” do clarinete.
O som é produzido devido à vibração da palhetas (uma lâmina feita de cana), provocada pelo sopro do clarinetista.

[editar] Particularidades

A clarineta possui semelhanças com o oboé, mas difere deste no que diz respeito à sua forma (o oboé é cônico, e a clarineta é cilíndrica); no timbre (o oboé é rascante, anasalado e penetrante, enquanto a clarineta é mais aveludada que penetrante, menos rascante e mais encorpada); e na extensão de notas (o oboé possui a menor extensão de notas dentre os sopros, enquanto a clarineta, a maior). Essas diferenças se dão principalmente pela forma cilíndrica da clarineta e do uso de apenas uma palheta, enquanto que no oboé, no fagote e no corne ingês (também membros das madeiras) se utiliza uma palheta dupla.
Os clarinetistas atualmente compram suas próprias palhetas e fazem os ajustes necessários artesanalmente a fim de corrigir as imperfeições destas, para adequá-las à sua própria anatomia e necessidade de som. A palheta é fixada na boquilha por meio da braçadeira, que funciona como um prendedor, onde o clarinetista manipula a força e intensidade com que a palheta está presa na boquilha. Via de regra, a palheta não pode estar demasiadamente frouxa e nem excessivamente apertada.
Embora o processo descrito acima, sobre o uso da palheta nas clarinetas, também seja usado no saxofone, não podemos confundi-lo. O saxofone nasceu da clarineta e, por isso, apresenta mecanismos semelhantes, mas a embocadura da clarineta é muito mais tensa e trabalhosa do que a embocadura exigida no saxofone. E isso é muito nítido ao comparar a execução de um saxofone e de uma clarineta. Inclusive, muitos músicos que querem aprender a tocar saxofone, também optam por aprender primeiramente, ou paralelamente, a clarineta.

[editar] Clarinete, um instrumento transpositor

O clarinete pertence a um grupo de instrumentos chamados transpositores, o que, em poucas palavras, pode ser resumido da seguinte forma: A nota escrita (na partitura) é diferente da nota verdadeira: isso por causa da afinação própria do instrumento. Sendo assim, é necessário que haja uma transposição de notas para que o clarinete toque no tom real da música. Isso trouxe facilidade aos músicos, pois, a clarineta possui uma extensão de notas muito grande. Os clarinetes mais comuns são os instrumentos em Si bemol e em Lá. O instrumento em Dó, raramente usado hoje, era muito utilizado na orquestra clássica e pré-romântica (Mozart e Beethoven) e nas sinfonias de Gustav Mahler. Há, também, os clarinetes mais agudos, também conhecidos como requinta em Mi bemol, raramente encontrados em Ré (Richard Strauss e Stravinsky), e as clarinetas mais graves, como as clarinetas alto em Mi bemol, a clarineta baixo em Si bemol e o clarinete contrabaixo em Si bemol. Aparentado com o clarinete, é o cor de basset, afinado em Fá. Enquanto as bandas militares dão preferência ao clarinete alto, as orquestras sinfónicas dão preferência ao cor de basset.

[editar] O prestígio da clarineta

As possibilidades harmônicas, o grande controle de dinâmicas que o instrumento permite, a grande agilidade, a grande extensão de notas, a sua natureza de timbres e o poder sonoro dão à clarineta uma posição de destaque nas orquestras atuais. Alguns dizem que é o "violino das madeiras", em razão das virtudes mencionadas acima. No entanto, a clarineta ainda não é um instrumento perfeito e algumas notas ainda apresentam sérios problemas de afinação, mesmo com todo o trabalho iniciado pelo flautista Boehm, que foi adaptado posteriormente para os demais sopros. O sistema Oehler é, hoje, considerado o mais apropriado para a clarineta, já que resolveu a maior parte dos problemas deste instrumento, mas, ainda assim, não é perfeito, pois acarretou uma perda de brilho ao timbre natural da clarineta. Enquanto o sistema Boehm, apesar de manter alguns desses problemas, mantém o brilho particular deste instrumento.
O controle dessas imperfeições cabe ao músico, e isso ajuda a tornar a clarineta um instrumento desafiador. Quem se interessar em tocar clarineta, saiba que precisará de muito empenho e dedicação, mas saiba também que irá se encantar com a beleza desse instrumento.

[editar] A natureza do timbre e onde escutar o clarinete

O timbre da clarineta é muito diversificado. Na região grave, chamada de chalumeau o timbre é aveludado, cheio e obscuro; no registro médio, há uma mudança fantástica, pois o timbre se torna brilhante e expressivo. Conforme o registro vai-se tornando agudo, o timbre vai-se tornando cada vez mais brilhante, e ganhando uma natureza humorística, sarcástica.
A grande capacidade de expressão da clarineta tornou-a um instrumento de grande prestígio em diversos tipos de estilos. No Klezmer é que podemos ouvir os solos mais sarcásticos e "humorísticos" deste instrumento. No Brasil, este instrumento é bastante utilizado na execução de choros, e em grupos de samba, serestas e na própria MPB.