O passo seguinte da evolução do clarinete foi a adaptação ao clarinete do sistema Boehm.
Tal como referi anteriormente, a introdução e padronização do sistema Bohem decorreu a partir da adaptação do sistema usado na flauta (cuja criação é atribuída a Theobald Boehm).
A ideia básica deste sistema é que a colocação dos orifícios do instrumento é feita mais em função de critérios de conforto de execução do que acústicos (os orifícios dos clarinetes anteriores ao sistema Boehm não eram projectados para facilitar o manuseamento mecânico das mãos). Desta forma, a utilização das chaves para abertura e fechamento dos orifícios tem grande importância, ajudando a superar as dificuldades mecânicas. O clarinete boehm é hoje em dia composto por 17 chaves.
Este sistema foi aplicado não apenas no clarinete, mas também no oboé e no saxofone. Um sistema híbrido é ainda utilizado no fagote.
Tal como referi anteriormente, a introdução e padronização do sistema Bohem decorreu a partir da adaptação do sistema usado na flauta (cuja criação é atribuída a Theobald Boehm).
A ideia básica deste sistema é que a colocação dos orifícios do instrumento é feita mais em função de critérios de conforto de execução do que acústicos (os orifícios dos clarinetes anteriores ao sistema Boehm não eram projectados para facilitar o manuseamento mecânico das mãos). Desta forma, a utilização das chaves para abertura e fechamento dos orifícios tem grande importância, ajudando a superar as dificuldades mecânicas. O clarinete boehm é hoje em dia composto por 17 chaves.
Este sistema foi aplicado não apenas no clarinete, mas também no oboé e no saxofone. Um sistema híbrido é ainda utilizado no fagote.
Em detalhe: clarinetes construídos no sistema Boehm
O sistema Albert, como já se disse, ainda é usado em algumas regiões da Europa e Estados Unidos. A principal limitação deste sistema de colocação dos dedos é que “obriga”, em determinadas circunstâncias, ao cruzamento de dedos (dificuldade que o sistema Boehm ultrapassou) o que se torna particularmente limitante em passagens mais difíceis que exijam destreza de dedos.
Em detalhe: clarinetes construídos no Sistema Albert
O sistema Oehler (pronuncia-se “oiler”) por seu turno, também requer o cruzamento de dedos e difere bastante do sistema Boehm. A sua principal particularidade reside na utilização de chaves com “rolamentos” semelhantes às que se encontram nos saxofones. Este tipo de clarinete apresenta um conjunto de 22 chaves e é usado sobretudo na Alemanha.
clarinetes Oehler
O Período Romântico
O Romantismo pode ser considerado como o período no qual o clarinete adquiriu a sua identidade e maturidade enquanto instrumento.
Nos períodos anteriores, a presença do clarinete no conjunto das obras musicais então escritas era claramente rudimentar ou inexistente. O chalumeau (predecessor do clarinete) surgiu por volta dos séc. 16/17 e teve poucas peças escritas para ele. Com a invenção do clarinete já no Período Barroco, o repertório para ele era quase inexistente. No Periodo Classico, os compositores começaram a introduzi-lo na orquestra sinfonica, escrevendo partes de tutti e pequenos solos, quase sempre em dobra com outros instrumentos. Inicialmente os maiores divulgadores do instrumento eram os próprios clarinetistas, como J.X. Lefévre, que compunham peças para eles mesmo executarem.
O Período Romântico marcou assim o apogeu do clarinete. Com os desenvolvimentos e aperfeiçoamentos mecânicos, o aumento da tessitura, aparecimento de instrumentistas virtuosos, sua excepcional capacidade de mistura tímbrica com outros instrumentos, tornaram o clarinete um alvo preferencial para os compositores da época, de tal modo que adquiriu, então, um papel de relevo seja na música sinfónica, ópera e música de câmara, bem como nas obras solo.O Romantismo pode ser considerado como o período no qual o clarinete adquiriu a sua identidade e maturidade enquanto instrumento.
Nos períodos anteriores, a presença do clarinete no conjunto das obras musicais então escritas era claramente rudimentar ou inexistente. O chalumeau (predecessor do clarinete) surgiu por volta dos séc. 16/17 e teve poucas peças escritas para ele. Com a invenção do clarinete já no Período Barroco, o repertório para ele era quase inexistente. No Periodo Classico, os compositores começaram a introduzi-lo na orquestra sinfonica, escrevendo partes de tutti e pequenos solos, quase sempre em dobra com outros instrumentos. Inicialmente os maiores divulgadores do instrumento eram os próprios clarinetistas, como J.X. Lefévre, que compunham peças para eles mesmo executarem.
Hoje em dia nas bandas sinfonicas, graças ao seu virtuosimo, o clarinete assume o papel que, na música sinfónica, é normalmente confiado às cordas, particularmente aos violinos.
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